uma boa posta de pescada

31 maio 2006

Uma posta a sério !


Ontem assisti na RTP a um debate sobre as escolas. Até aqui tudo normal, pensa o leitor incauto. Não podia estar mais enganado. Este debate em particular era sobre a violência nas escolas, mas, e espante-se o leitor, dentro das salas de aula. Através de camarâs ocultas, a RTP filmou dezenas de alunos com comportamentos que eu, que sai da escola à pouco tempo, +- 5 anos, nunca tinha visto. Era alunos à porrada, era cambalhotas, corridas e lançamentos de basket, alunos de outras turmas a entrar pelas salas adentro para gozar e bater, e mais grave ainda, professores gozados, humilhados e ameaçados sem nada poder fazer. Mais: através dos convidados, uma professora secundária e uma universitária, o secretário de estado da educação e um maricas que só se ria e não cheguei a perceber quem era, consegui descortinar algumas coisas que me surpreenderam. Atentem só nisto: quem sabia que já não se pode chumbar por faltas. Quem sabia que por causa das más notas dos filhos, os pais podem perder o rendimento social de inserção (antigo rendimento mínimo garantido). Ponha o dedo no ar quem sabia que o governo quer que os pais avaliem os professores.
Por estas e outras, os professores queixam-se de haver pressões dos pais, inclusivé ameaças de morte e porrada. Enquanto isso os filhos portam-se como animais dentro das salas de aulas sem que ninguém possa fazer nada, senão é o "Ai Jesus, o meu menino!".

Graças a Deus que eu, Impaler, nascido em 1981, sou da geração rasca. Rasca em todos os aspectos e mais alguns. Mas tinhamos cabeça para, quando não me apetecia aturar o stôr, ia para trás do pavilhão jogar à bola em vez de lhe bater e chamar nomes.

Já agora, se a minha geração era rasca, esta é o que?
posta do Impaler às 13:37

1 Comments:

Eu que nasci em mil nove e oitenta partilho da opinião expressa e assino em baixo. Julgo no entanto que é correcto esta nova geração não ter nome, precisamente por ser uma geração descaracterizada e desprovida de qualquer personalidade. Tal como disseste, "no meu tempo" os maus alunos não eram necessariamente alunos maus, se é que me faço entender.

31/05/06, 18:04  

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